terça-feira, 27 de julho de 2010

Filmes com a Irlanda

Esse é o velhinho pelado na moto, figura emblemática da Fortuna de Ned (Waking Ned Devine).

Há muitos filmes que remetem à Ilha Esmeralda e que valem à pena uma olhada. O primeiro que eu indico é o A Fortuna de Ned, que é divertidíssimo e mostra uma pequena comunidade de idosos numa cidadezinha no meio do nada que surta ao descobrir que alguém na cidade ganhou o maior prêmio da Loteria. Amo esse filme, mas é difícil de achar. Tem um tempão que não passa.

P.S. Eu te Amo é lindo de morrer e dá vontade de pegar um avião pra Irlanda imediatamente!


O segundo é P.S. Eu Te Amo, com Gerard Butler, que por si só já é uma paisagem. Quando eu vi o filme, estava muito sensível e chorei o tempo inteiro! Mas o cinema inteiro chorou também. E o terceiro que vou indicar é um filme esquisito. Ventos da Mudança foi um filme estranho com gente esquisita, estrelando Cillian Murphy, o Espantalho do Batman Begins, que eu acho uma gracinha, apesar de esquisito (parece um saco de ossos). O filme não faz juz à beleza da Irlanda e torna tudo quase preto e branco, provavelmente para mostrar como a vida era horrível por aquelas bandas na época que o IRA nasceu.

Em Ventos da Mudança, a Irlanda parece um lugar frio, cheio de mato onde se passava fome por causa dos malas dos ingleses. Nessa foto, é a gente indo pra Irlanda.

O mais assustador desse filme pra mim foi compreender perfeitamente as motivações do IRA e torcer pra eles até o final... Alugue seus filmes e curta a Irlanda!

A Deusa Dana


Continuamos na nossa jornada para sintonizar com os espíritos da Irlanda. Dana é uma deusa irlandesa e conhecida como a Deusa Terra, a deusa da fartura e da abundância. Suas sacerdotisas levavam conforto aos que estavam às portas da morte e ela é a guardiã do gado e da saúde, cuidando também da fertilidade, da prosperidade e do conforto.
Outras denominações: Anu, Anann, Dana-na.



Prece para a Deusa Dana

Danna dos mares revoltos
Da luz refletindo nas águas
Nos permita caminhar pelos vãos sagrados do ar
Nos brinde com sua sabedoria

Me permita sonhar com o futuro
Me permita enxergar os lugares obscuros
onde apenas tua luz consegue alcançar

Senhora Mãe dos Deuses
Esteja comigo desde o meu despertar
Me ajude a caminhar pelos caminhos
que os Deuses tecem desde sempre
Me ajude a ser calma diante das indignações
Me ajude a ser fiel a sequência natural de todas as coisas
Me ajude a ser pensante diante das inquietações

Traga a alegria da vida para todas as coisas vivas
Traga a beleza de ser filhos de teu abençoado ventre
E receba meu agradecimento a cada por do sol
Onde a escuridão se curva diante de tua infinita luz
Eu danço em teu nome para celebrar o teu reino
Eu festejo a luz que me orienta e guia
Eu celebro o teu nome Danna dos Tuatha dé Dannan
Assim seja , assim é!

sábado, 24 de julho de 2010

Angus Mac Og

Esse é o Rio Boyne, origem de algumas lendas irlandesas.

Na nossa preparação para conhecer as terras irlandesas, vamos ficar um pouco mais íntimos com as divindades de lá, a maioria delas adotada em rituais celtas wiccanos. Pra quem ainda tá na dúvida, nossa caravana parte dia 20 de agosto, numa sexta-feira, para 19 dias de descobertas e diversão (porque ninguém é de ferro, né?). Preparem suas câmeras, seus casacos e seus espíritos. Será uma viagem inesquecível! Se você ainda não entrou nessa, aproveite e ligue pra Abbatour. Os detalhes finais estão sendo acertados, então não deixe pra depois! O telefone deles é (11)3258-1100.

Angus Mac Og

É um deus da Irlanda cujo nome quer dizer “jovem filho”. Deus da juventude, do amor e da beleza, possuía um brugh - um palácio de fadas - nas margens do Boyne. Seus beijos transformavam-se em pássaros que voavam levando mensagens de amor e ele possuía uma harpa de ouro cuja música era irresistível, tamanha sua doçura.
Outras denominações: Angus do Brugh, Oengus do Bruig e Angus Mac Oc.

Seguem mais alguns detalhes:
(fonte: Wikipédia)

Angus Mac Oc , cujo nome significa O Filho Mais Jovem, era filho de Dagda e Boann e fazia parte dos Tuatha de Dannan. Também é conhecido por Aengus ou Oengus e era, para os Celtas da Irlanda antiga, um deus da juventude, do amor e da beleza. Possuía uma harpa dourada que produzia uma música de irresistível doçura e dizia-se que os seus beijos se transformavam em pássaros que transportavam as mensagens de amor.

Uma das lendas conta que Angus se apaixonou por uma jovem que apenas viu em sonhos. Decidido a encontrá-la acaba por descobrir que é filha de Ethal Anbuais, um Sidh que morava em Connaught. Angus acaba por encontrar a sua amada perto de um lago como sendo a mais alta de um grupo de 150 jovens. Ethal conta a Angus que a sua filha é vítima de um encanto que faz com que ela se transformasse em cisne a cada dois anos (durante um ano permanecia mulher e durante o ano seguinte permanecia cisne). Assim, para poder desposá-la, Angus precisava transformar-se em cisne, durante a noite do próximo Samhain. Assim foi, nessa data, Angus deslocou-se ao lago onde se encontrava a sua amada. Ao mesmo tempo que sua futura esposa se transformava em Cisne, juntamente com as restantes jovens, também Angus se transfigurou num belo cisne. Os dois, juntos, voaram então, ao redor do lago por três vezes, cantando uma melodia que fez o mundo adormecer por três dias e três noites.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Destruindo Danny Boy

E como eu prometi, agora que você se encantou com Danny Boy no post passado, vou destruir essa imagem romântica! Esse vídeo já foi originalmente postado no alcateia.com, há um tempão, onde com uma brincadeira do Helder, começamos a brincar que eu era o Animal, a Patrícia era o alemão e a Nancy era o magrinho. A piada se espalhou para outros clips dos Muppets! ANIMAAAL!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ÚLTIMA CHAMADA!!!!


Gente, o tempo voou mesmo!!! A viagem se aproxima e algumas pessoas estão chegando de última hora. Como entramos na Lua Crescente, vou começar a fazer e encantar alguns mimos muito úteis para quem vai na viagem, então preciso saber quem realmente vai pra eu fazer as paradas direitinho. A Abbatour também precisa saber quem vai, pois já estão vendo nossas passagens. Senti que algumas pessoas estavam com um certo medo... Ficaram com medo de estar tão perto de realizar algo tão importante. É normal. Eu também fiquei com medo. De vez em quando, cai a ficha e dá um friozinho na barriga. Não por eu achar que algo ruim vai acontecer, nada disso. Tudo será maravilhoso e as pessoas que estão no grupo são fantásticas. Será maravilhoso espiritualmente e nossas mentes serão ampliadas, vamos ver as coisas de um ponto de vista muito maior quando voltarmos. Será divertido e rico, como deve ser qualquer coisa entre amigos. Então, do que temos medo? Temos medo da realização! Temos medo da magnitude da oportunidade de entrarmos em contato com algo tão ligado a nossa essência. É uma viagem dos sonhos e, às vezes, quando estamos bem pertinho do mar, temos medo de molhar os pés. Vemos as ondas e o mar é tão grande!... Mas depois que molhamos nossos pés, e mergulhamos naquele sonho, percebemos que melhor que sonhar é realizar! E ter sonhos maiores depois de realizar este! O tel da Abbatour é (11)3258-1100. Fique com belas imagens ao som de Danny Boy, uma bela canção irlandesa (que eu vou destruir no post de amanhã...).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Contagem Regressiva para abrimos nossas asas!

A Helena lembrou aí no mural que a partir de hoje começa a contagem regressiva para a viagem que pode ser a mais importante de nossas vidas. É hora de começar a deixar tudo em ordem para viajarmos de cabeça fresca. Quem vai ficar com os cachorros e gatos, o que levar, adiantar o trabalho e começar com rituais de conexão com as forças ancestrais da Irlanda. Isso mesmo, estamos indo para um lugar mágico que está nos chamando e, se estamos indo, é porque temos essa permissão. Então vamos nos conectar desde já. Quem estiver disponível, a partir de hoje, vamos fazer juntos um ritual diário de conexão com os mestres e mentores que nos querem na Irlanda. É muito simples. Basta acender um incenso e respirar profundamente três vezes. Então, visualize as terras irlandesas, verdejantes e belas, os castelos, e a magia. E diga:


Senhores e Senhoras das Terras da Irlanda,
Peço humildemente vossa permissão
Para em suas terras pisar,
Em seus céus voar,
Em seus ventos cavalgar.
Que eu possa estar aberto
Ao conhecimento que me espera
À magia e à sabedoria,
E que eu possa com meus irmãos,
Viver esse mágico momento em verdadeira alegria.
Que nossos dragões se encontrem em amizade
E nos protejam de todo o mal
Que sob suas asas estejamos seguros,
e que seguros estejam todos os que ficarem.
Senhores e Senhoras da bela Irlanda,
Que possamos estar juntos e voltar em paz
Com conhecimento e boas lembranças.
Que se cumpra em luz e graça,
Assim seja, assim se faça.

Se desejar, pode unir uma vela e um copo com água ao incenso. E uma boa música celta é sempre uma boa pedida. Depois eu volto com mais dicas mágicas e curiosidades! Enquanto isso, fique com esse vídeo com imagens mágicas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Couraça de São Patrício

Tenho umas coisas muito legais pra mostrar, mas com essa tendinite, tenho que pegar leve. Recebi essa oração de proteção de uma leitora e achei interessante porque é de São Patrício. Muitos bruxos o detestam, pois acham que ele foi o responsável por erradicar a bruxaria da Irlanda. Não é verdade. Ele não erradicou nada, a bruxaria ainda vive lá e aqui. E São Patrício era um bruxo. Um tremendo bruxo. Se estudar sua história, verá que todos os milagres eram magias poderosas. O que ele provou apenas foi o mesmo que São Cipriano. A magia feita com as entidades certas era muito mais poderosa. Aí vai a oração. Senão eu me empolgo e minha patinha dói.


Oração de Proteção de São Patrício

"Cristo comigo,
Cristo em minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo sobre mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo quando me sento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada um que pensa em mim,
Cristo na boca de cada um que fala de mim,
Cristo em todo olho que me vê,
Cristo em todo ouvido que me ouve.
Amém!"


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Os castelos de ontem, hoje

Este é o Castelo Bunratty, lindo de dia e meio assustador de noite, como todo castelo.

Castelos encantam e intrigam, são repletos de histórias de amor e de fantasmas e todo mundo deseja conhecer um castelo. Em nossa viagem para a Irlanda, teremos o privilégio de conhecer vários castelos. Também dormiremos em um e vamos ter um banquete medieval em outro. Nosso banquete medieval deve ocorrer em um desses dois castelos: Bunratty ou Knappogue.

Esse é o castelo Knappogue. No banquete medieval, vou à caráter com um dos meus vestidos medievais e meu manto. Pra quem quiser me acompanhar na fantasia, sugiro contatar uma costureira com um modelo básico de vestido medieval ou comprar um saião e/ou um manto.

Ambos são lindos, como você confere nas fotos. Também visitaremos o Castelo Leap, famosos por ostentar o título de castelo mais assombrado da Irlanda. Deste, falaremos depois. Por hora, contemple as imagens maravilhosas de castelos irlandeses nesse vídeo. A música é meio irritante, mas as imagens não lindas!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

É VERDADE QUE NÃO HÁ COBRAS NA IRLANDA?

por Renato Rodrigues
As lendas sobre São Patricio são muitas, mas a mais famosa é aquela que se credita a ele a expulsão da serpentes da Irlanda. Realmente, antes dele a Irlanda era infestada de cobras e das mais variadas serpentes e após São Patricio, não mais do que o normal.


MITO OU CASCATA? MENTIRA OU INVERDADE?
Heim, heim, heim?

O documentário abaixo irá desvendar essa história:

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mais dicas para conhecer melhor a Irlanda!

E então? Tá viajando antes da hora? Beleza, essa é a intenção! Vamos mentalizar que esta será uma viagem perfeita, especial, cheia de gente bonita e encantada, onde vamos ter a honra de conectar com forças muito antigas e, quem sabe, até relembrar alguma vida passada. Confesso que ando viajando tanto que de vez em quando tenho que lembrar que ainda tô aqui! E que tenho um monte de livro pra entregar! Como de praxe, meus comentários estão em azul e em itálico!

Dublin dividida

Dublin é dividida pelo rio Liffey. Ao norte do rio, os códigos postais são ímpares (exemplo, Dublin 1, Dublin 3...) e ao sul, são os números pares. Há uma certa rivalidade entre os moradores das duas partes. Mas é certo que na região sul ficam os bairros mais chiques.


Uma vista da ponte sobre o Rio Liffey, dividindo a cidade de Dublin.

Casas com nome

Algumas casas, em vez de números, tem nome na frente. A primeira casa que moramos chamava Avalon House. O taxista demorou muito para achar. Imagina os carteiros? Sabe o mais bizarro? Quando eu era bem pequena, acreditava que as casas deveriam ter nomes, e não números!

Banheiros estranhos

Os banheiros não têm ralo, nao tem interruptores e quase nenhum tem tomada. Sempre é preciso acender a luz pelo lado de fora do banheiro. Contanto que não seja uma casinha lá fora no frio ou um buraco no chão como nos antigos castelos, pra mim tá bom!

Estilo pombal

A arquitetura de grande parte das casas de Dublin segue o estilo georgiano. São todas iguais e o que diferencia uma residência da outra são as cores da portas. E como ficam os daltônicos?

Moda irlandesa. Nada mal!


Roupas baratinhas

Um paraíso de compras de lá são as lojas Penneys. Tudo é absurdamente barato. Tem roupas masculinas, femininas e infantis e ainda tem uma seção só de calçados e outra de artigos para casa. Já vi calça jeans por 1 euro na promoção. Mas de qualquer forma, o preço normal seria por volta de 10 euros. Bom, já sabemos onde vamos comprar roupas para o inverno, né? Sem falar nos presentes. Um Euro seria quanto? Uns três ou quatro Reais? Nada mal...


Não gostou? Devolve!

Outra maravilha para os consumidores daqui é a política de retorno das mercadorias. Por exemplo, aqui você pode comprar uma roupa, experimentar em casa e se não gostar, pode voltar pra loja e pegar o dinheiro de volta. Claro, se estiver com a nota fiscal! Ótimo pra quem mora lá! Pra gente, que vai ter um dia cheio, duvido que dê pra voltar ao mesmo lugar duas vezes. Experimente na hora ou cale-se para sempre. Ou emagreça pra entrar na porcaria da calça!



Segunda-feira perfeita

Feriados: Na Irlanda, os feriados são chamados de Bank Holidays, na maioria das vezes, eles caem na segunda-feira e não há motivo nenhum para comemorar a data. Não imagino uma segunda-feira mais perfeita! Um feriado sem obrigação de dar presente, ir a cemitério ou fazer uma festa!


Isso não é problema nosso

Sexta-feira santa é chamada de Good Friday. É o único dia do ano que não se pode vender bebida alcóolica no país. Dane-se. Viajaremos em agosto.

Quando não dá pra comprar bebida, os irlandeses estocam, ou pegam direto da pia!


Proibido beber depois das 11

Por falar em bebida, elas são vendidas em supermercados e em lojas chamadas Off-License. Horário limite de comprar o booze: dez e meia da noite. Com a fama de bons bebedores dos irlandeses, me espanta que haja qualquer tipo de limite. Renato achou que Baileys saía da bica!



Vamos comemorar!!!!

O aniversário mais celebrado por eles é quando comemoram 21 anos. Tanto as meninas quanto os meninos fazem uma big festa. Acho que daria para comparar com a festa de 15 anos do Brasil. Ótimo! Vou fazer meu aniversário de 21 anos lá! Quem me acompanha?


Mata barata

A dança típica do país é muito parecida com sapateado. Um grupo famoso e tradicional de Irish dance chama Riverdance. Nunca fiz sapateado, mas sempre amei. Quando era pequena, colei chapinhas de garrafa nos meus sapatos e fiquei sapateando em casa. De alguma forma estranha, enganei minha turma de dança e meu professor de jazz, que, depois que fiz uma demonstração, não acreditou que eu não sabia sapatear. Mais mistérios...

Essas dicas foram postadas originalmente por . Amanhã, a gente conhece mais um pouquinho dessa terra mágica! E se você ficou aguado

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Você já leu James Joyce?

Eu já tentei. Sim, tentei, mas fracassei vergonhosamente. Há alguns anos, quando eu era jovem e ousada, eu insistia em ler até o fim tudo o que caísse em minhas mãos. De bula de remédio a Sartre, eu lia tudo. Mas conforme o tempo começou a se esgotar pra mim, fui percebendo cada vez mais o seu valor e comecei a rever minhas prioridades. Então, livros e filmes tinham um tempo limitado para me comprarem. Eu não ia mais até o fim pelo que não valia a pena. Isso valia para livros, filmes, seriados, trabalhos, projetos e relacionamentos. Se não for bom o bastante, não perco meu tempo. Não perco meu tempo nem com inimigo e desafeto. Pisou na bola e deixou a máscara cair, corto relações de tal forma que nem o nome da pessoa tento lembrar. Eu já estava nesse período intolerante e exigente quando tentei ler O Retrato do Artista Quanto Jovem, de James Joyce.
Comecei empolgada! Adoro os clássicos. Raras vezes me desapontei com um clássico. São confiáveis! Ao contrário de best sellers, clássicos são geralmente bons, como Os Três Mosqueteiros, O Retrato de Dorian Gray e O Morro dos Ventos Uivantes, que são maravilhosos. Já A Casa das Sete Torres, de Nathaniel Hawthorne, é patética de ruim, mas voltemos a Joyce. Comecei. Nessa mesma noite, no astral, estava no intervalo de uma aula de literatura numa grande universidade a qual sempre ia nesse tempo (hoje, estou atuando mais nos resgates...). Um jovem de cabelos encaracolados de sorriso gentil se aproximou de mim e me perguntou o que eu estava lendo. Eu mostrei o livro e disse: O Retrato do Artista Quando Jovem. Ele fez uma careta e respondeu: Hum... James Joyce... Eu já li esse, mas você não vai gostar... É muito chato.
Quando acordei, quis provar a mim mesma que o jovem estava errado. Mas ele não estava. O livro era chato. Quando tentei ver pra onde ia a história do garoto doente na escola e quando aquela agonia acabava, pecebi horrorizada que o livro tinha apenas três capítulos. E era aquilo mesmo. Desisti.
Agora, com nossa ida à Irlanda, esbarrei em Joyce de novo. Dublin tem verdadeira adoração por esse escritor, embora eles tivessem tido um relacionamento de amor e ódio. James Joyce teve muitos problemas para publicar, foi pobre a maior parte do tempo e quando conseguiu imprimir seu livro com dinheiro do próprio bolso, alguém foi lá (ninguém sabe até hoje quem foi esse espírito de porco) e tacou fogo em tudo, na gráfica mesmo, só deixando um único exemplar par ao autor. Pelo menos pagou! Joyce ficou arrasado (eu não ficaria. Imprimiria tudo de novo e contanto que o sujeito continuasse pagando, eu não ia me importar. Vamos ver quem ia cansar primeiro). Sua história foi sofrida e sempre que leio sobre a vida de um escritor que morreu pobre, fico deprimida. Mas hoje ele é reconhecido e tem um museu em sua homenagem. Seus livros tinham Dublin como cenário e, se der tempo, podemos ler Ulisses e reconhecer as ruas quando formos lá. Hoje a Irlanda reconhece o gênio (não sei se ele era um gênio. Não consegui terminar de ler o livro pra saber). Antes tarde do que nunca!

A nossa amiga Helena deu uma ótima sugestão. Levarmos um caderninho de viagens, onde podemos anotar nossas impressões dia a dia. Eu achei ótimo, especialmente porque essa viagem será muito rica, teremos muitos momentos e se não anotarmos na hora, vamos acabar esquecendo! Então, é hora de escolher seu caderninho e sua caneta de viagem! Ao fim do passeio, teremos um livro!


Uma breve biografia
Fonte: Wickipedia

James Augustine Aloysius Joyce (Dublin, 2 de Fevereiro de 1882Zurique, Suíça, 13 de Janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta irlandês expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais iminentes poetas do imagismo.

Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.

Amanhã a gente volta com mais dicas sobre a viagem para a Irlanda! E tá na hora desse povo tímido começar a dar as caras por aqui! Deixem comentários, falem no mural, digam alguma coisa pra gente saber que vocês estão vivos! Eu sei que vocês estão aí! O contador não mente! Mais de duas mil pessoas já passaram por aqui! Não tentem se esconder atrás dos castelos desses vídeos! Beijos com sabor de Baileys para todos!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Curiosidades Curiosas sobre a Irlanda

Limerick é uma das cidades que visitaremos. Olha só a vista! Prepare sua máquina!


A gente tá andando na rua, indo pro banco, voltando do almoço, quando de repente cai a ficha. Vamos para outro país! Quer dizer, eu viajo o Brasil todo, às vezes até sonho que estou no aeroporto, então não me toquei que dessa vez a viagem é pra muito mais longe. É outra língua, outra cultura, a gente vai olhar em volta e não reconhecer nada! Isso pode ser muito estressante para alguns, mas para mim é uma coisa maravilhosa, uma aventura inesquecível! Comecei a catar coisas sobre a Irlanda e dessa vez achei um blog muito interessante do qual chupei essa matéria, escrita originalmente por

Então, vamos às curiosidades curiosas pra você não morrer de susto por lá! Como sempre, meus comentários estão em itálico e colorido.

Outro belo cenário em Limerick. Imagine um ritual nessas terras...

Língua oficial: são duas.

A Irlanda tem duas línguas oficiais: o inglês e o gaélico (também chamado de “Irish”). Em Dublin, é muito raro escutar alguém conversando em gaélico. Na verdade, apesar de serem obrigados a estudar o idioma na escola, poucos irlandeses têm o domínio da língua. Os turistas só se deparam com o gaélico em algumas sinalizações de rua e em placas nos transportes públicos. Vamos a uma cidadezinha medieval que fala predominantemente o gaélico, mas todo mundo fala inglês. O difícil é o sotaque. Você não precisará se preocupar, pois teremos guia em Português.

Olhe para o lado certo da rua!

Assim como na Inglaterra, os motoristas dirigem do lado direito do veículo. Como quase o mundo inteiro usa outro sistema de direção, o governo tenta evitar acidentes com turistas, escrevendo no chão das vias para onde o pedestre deve olhar antes de atravessar. Sair do Brasil pra ser atropelado na Irlanda é o cú-mu-lo!!! Olho vivo aos distraídos!!! Senão vamos ter que atravessar rua de mãos dadas, que nem criança!

Esse é um lugar chamado grange circle.

Quando sair da frente

Se o veículo tiver um adesivo com a letra L em vermelho, significa que quem está ao volante é um learner, ou seja, aprendiz. Então já viu, né? Mantenha distância!

Mostra a cobra e mata o pau!

Não tem cobras na Irlanda. É verdade, você jamais vai encontrar esse réptil por lá. Diz a lenda que São Patrício, padroeiro do país, expulsou todas as cobras da ilha e elas nunca mais voltaram. Mas há alguns céticos que atribuem a ausência do animal ao clima gelado. Olha que inusitado! Deve ter muito sapo então! Espero que a gente não tenha que engolir nenhum! Basta os que a gente já tem que engolir por aqui...

Não festejaremos São Patrício

Por falar em Saint Patrick, o dia dele, 17 de março, é o mais festejado do país. Todo mundo se veste de verdee sai às ruas no maior clima de carnaval! A gente tá fora da agenda, então nada de Parada de São Patrício pra gente!

Mais um castelo em Limerick, com direito a cemitério tudo. Queria ver um fantasma...

Semsacolas

A lei proíbe que o comércio distribua sacolinhas de plástico. Quem não tiver bolsas ou mochilas para carregar as compras, precisa pagar pela sacola. A mais barata custa em torno de €0,20, mas dependendo do tamanho e da qualidade pode chegar a mais de €1,00. Como a maioria dos supermercados não tem estacionamento e os clientes quase sempre fazem compras a pé, é muito comum ver pessoas carregando galões de leite, pizzas e papel higiênico na mão no meio da rua. Crianças, já sabem! Levem suas bolsas recicláveis compradas no mercado! Ou nossas bolsas que crescem e diminuem conforme a necessidade! Não imagino o que a gente vai comprar no mercado, mas é melhor prevenir.

Mercados fantasmas

As máquinas substituíram as pessoas em alguns supermercados. É comum encontrar caixas self-service, onde o cliente sozinho passa as compras, coloca o dinheiro, pega a nota fiscal e o troco. Esse é o meu ideal!!! Espero que a gente não se enrole com a diferença de moeda.

Olha a balança!

A comida típica da Irlanda sem dúvida nenhuma é a batata. Vale de tudo quanto é jeito, frita, assada, purê, cozida... Assim como na Inglaterra, o prato "fish and chips" é idolatrado tanto por turistas quanto por locais. Gente! Tenho que emagrecer RÁPIDO pra poder comer com consciência tranquila nesse lugar! Eu amo batata!!!! Ah! Eu soube que foi a batata que tirou a Irlanda da miséria!

Limerick de noite. Um encanto.


Feijão no café

Os irlandeses costumam comer no café-da-manhã um feijão que vem enlatado com molho de tomate e tem gosto levemente adocicado. Olha, eu não sou fã de feijão, mas faço questão de experimentar. Mas prefiro a batata!

Cerveja irlandesa

A bebida mais consumida por lá é a famosa cerveja preta Guinness. Em Dublin, tem até uma "fábrica" que pode ser visitada pelos turistas (http://www.guinness-storehouse.com/). Já me contaram que depois de doar sangue ou depois de lar à luz, as pessoas recebem Guinness no próprio hospital para ajudar na recuperação. A marca virou sinônimo de vigor e força. A cervejaria está no nosso roteiro, embora eu preferisse mesmo era visitar a fábrica do Baileys!

Aaah....

Outras bebidas irlandesas são o Jameson Whiskey e o cremoso Baileys. Ah! Eu falei que ele era famoso! Quem não gosta de Baileys, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou é doente do pé!

Você vai dar 0 anel pra quem?

O anel claddagh é uma jóia típica irlandesa e geralmente usada como anel de casamento. As mãos indicam amizade, o coração simboliza o amor e a coroa representa lealdade. O anel é mais comum, mas é possível achar brinco, pulseira, colar e até enfeite de parede com este símbolo. Ai, que lindo!!! Pretendo encantar anéis lá pra trazer pra cá, então se eu encontrar este, será um lindo anel encantado para o amor!

Bom, por hora, é só! Amanhã tem mais curiosidades e ainda quero falar sobre James Joyce, o escritor patrimônio cultural da Irlanda, cuja história é deprimente, como da maioria dos escritores, mas interessante.


Agora, como arrumar as malas!


A gente já falou sobre como comprar a mala e como levar a mala. Agora é hora de arrumar a mala, literalmente! São dicas quentes não só pra essa viagem, mas para todas que você for fazer. Inclusive, quem sabe a gente não curte tanto a Irlanda que não resolve voltar ano que vem, né? Como sempre, meus comentários estão em cor e em itálico. As dicas foram tiradas do site www.efetividade.net, dica da Helena, nossa bruxinha super efetiva!


Vamos às dicas:

  1. Não deixe para arrumar a mala no dia da viagem, mesmo que você tenha o dia livre e só vá viajar à noite. A memória e o subconsciente têm mecanismos delicados, e ao longo de uma noite de sono você terá condições de descobrir espontaneamento algo que tenha esquecido ou deixado de considerar ao arrumar a mala. Arrume e feche as malas na véspera, prevendo 5% de espaço para preencher com os esquecimentos – e você verá que serão vários. Aproveite e vá tomando nota das coisas que você só poderá colocar na bagagem na hora de sair, para poder conferir na hora certa. Olha, sem meu famoso caderninho eu não sou ninguém. E arrumar de véspera é a melhor coisa que você pode fazer, pois até o sono fica intranquilo quando você não está com tudo arrumado. É como se ficasse soando um alarme na sua cabeça o tempo inteiro! Dá até pesadelo. E realmente sempre entra um monte de coisa em cima da hora, especialmente aquelas que você não guardou porque ainda está usando, tipo celular, carregador, creme de cabelo, etc...



  1. Não arrume direto na mala. Como em tudo o que é feito de modo racional, planeje antes. Coloque em cima da cama todos os itens que deverão ser levados na mala, para ter idéia das quantidades e do equilíbrio. Agora revise e ajuste, levando em conta pesos, volumes, possibilidade de combinação e a demanda por cada uma das peças de roupas. Resista à tentação de incluir roupas para todas as contingências do tipo “mas e se…?”. Lembre-se de que você pode precisar de roupa de dormir, de roupa de praia, e que geralmente “gasta” mais camisetas do que calças e bermudas. Revise de novo. Só então é a hora de começar a colocar na mala. Essa é uma tática que eu sempre uso. Vendo, você tem uma noção melhor do que levar. Na minha lista, geralmente coloco "blusa fina", "calça", "camiseta", e só quando estou vendo é que faço as escolhas.

Aqui é mais um ponto turístico de Dublin, nosso ponto de partida e chegada.

  1. Escolha sempre roupas versáteis, como camisetas que podem ser usadas durante dia ou noite, e peças de um mesmo grupo de cores, para poder combinar de maneiras diferentes. O viajante efetivo prefere as roupas feitas leves e resistentes, feitas de tecido que não amassa, como as microfibras, linha e algumas malhas. Meu amigo, roupa que amassa não entra na minha casa. Eu não passo roupa de jeito nenhum!!! Se eu não passo em casa, que dirá na Irlanda! Prefiro sempre as roupas finas, que não pesam e não amassam. São ótimas e com corselets ficam um show.

Se a gente planejar diretinho, não vai carregar peso à toa! Mas não esqueçam seus mantos!

  1. Comece a mala pelas calças jeans, que devem ser colocadas no fundo, com as pernas completamente para fora da mala. Quando terminar a mala, coloque as pernas das calças jeans para dentro, “abraçando” as demais roupas – assim elas ficam com menos marcas de dobra. Jura? Dessa eu não sabia, especialmente porque não uso jeans. Mas dou a dica das roupas em rolinho, que a Patrícia me ensinou. Ao invés de dobrar, enrole as roupas, fazendo rolinhos. Elas não amassam, cabem melhor e você consegue ver de cara o que tem na sua mala. Uso essa tática em gavetas.
  2. Em seguida armazene os calçados, aproveitando os cantos. Coloque as meias dentro dos sapatos para aproveitar melhor o espaço e evitar que eles amassem com o peso da mala. Se ainda couber, coloque outras peças pequenas dentro de pequenos sacos plásticos dentro dos sapatos também. Cada par de sapatos deve por sua vez ser colocado em um saco plástico (ou de flanela, muito mais chic) para não sujar ou manchar as outras roupas, nem ser arranhado por fivelas e botões. O viajante efetivo leva na mala um sapato social, quando viaja de tênis, ou um tênis, se viaja de sapato social. Mais do que isso, em termos de calçados, só se estiver indo para a praia e quiser levar um par de sandálias. Colocar coisas dentro do sapato é uma ótima idéia. Realmente, uso essa técnica de dois pares e pronto. Quando vou ficar mais do que três dias, levo um chinelo ou sandália para ficar no hotel ou, se for o caso, ir pra praia.
Castelo em Dublin. Nossa! Aposto que é assombrado até a fundação!

  1. Agora as jaquetas, bermudas e outras peças mais volumosas ou resistentes. Minimize o número de dobras, posicione os itens mais pesados próximos ao fundo, e prefira peças de microfibra ou outros tecidos que não ficam amarrotados.
  2. Neste momento a mala já terá uma série de cantos e outros espaços não aproveitados. Preencha-os com roupas e acessórios miúdos, como peças íntimas, cintos, luvas, cachecóis, lenços, gravatas enroladas. Se tiver camisetas para usar informalmente, enrole-as bem (vai evitar marcas de dobra) e coloque-as também. Tente formar uma base uniforme e resistente, para receber a próxima camada. Existe um tipo de porta roupa miúda em forma de cabide que ocupa um pouco mais de espaço, mas agiliza muito na hora de escolher calcinhas, cuecas e meias. Lembre-se de que não vamos ficar muito tempo no mesmo hotel, então não vamos ficar fazendo e desfazendo mala. Esse porta-calcinha (não sei como chama) já pode ir direto para um armário por causa do seu cabide. É muito prático. Comprei o meu em São Paulo, numa farmácia! Já vi vendendo em papelaria.
Esses são hotéis em Dublin. Será que a gente vai ficar em um deles?
  1. Agora é a vez das camisas, camisetas e outras roupas que amassam. Abotoe todos os botões, dobre o mínimo possível, e distribua uniformemente. Para evitar dobras “retas”, que ficam mais marcadas, você pode tentar fazer a dobra ao redor de algum outro item macio, como uma camiseta enrolada – ao custo da eficiência no uso do espaço. Faça os rolinhos!
  2. Mesmo que você não seja um gênio da moda, escolha calças, casacos, bermudas, camisas, cintos e sapatos que combinem todos entre si. Se estiver indo para algum lugar em que a aparência seja fundamental, escolha cores sóbrias (brancos, pretos, cáquis) para as roupas mais volumosas, e deixe a personalidade para as camisas e os acessórios (gravata, etc.). Eu não sou uma fã do preto, mas acabo usando muito preto e branco por causa das combinações. O preto ainda ganha por sujar menos!

Ruas de Dublin, pra gente fazer compras e apreciar a moda. Iremos numa baixa temporada (por isso a viagem sai bem mais em conta do que outras com menos tempo e menos conteúdo). Os europeus fugirão para as praias e lugares mais quentes da Europa. Isso nos dará calma e espaço para passearmos e conhecermos tudo sem estresse e concorrência!

  1. Se tiver que colocar um paletó em uma mala comum, deixe-o por último. Vire-o do avesso e dobre em 4, colocando-o por cima dos demais itens da mala. Sugiro levar uma jaqueta ou casaco pesado de frio na mão. No avião faz frio e você poupa um espaço precioso na mala. Além do mais, é muito chique andar com um casacão no braço, como se estivesse indo para um compromisso muito importante! Para os friorentos, aconselho também levar uma segunda pele (um casaco leve) na bagagem de mão. Se não for de gola alta, vá de echarpe para proteger o pescoço.

Amanhã a gente volta com mais curiosidades e dicas para o passeio mais místico que a gente já fez!