Glendalough quer dizer “Vale dos Dois Lagos” (para nós, a pronúncia é “Glen-da-lóc”) e é um monastério fundado por Santo Kevin no século VI. Há uma lenda de que St Kevin estaria enterrado lá num túmulo pelo qual passamos, mas ninguém pode provar. O lugar possui uma torre gigante e fina com ponta e cone e uma misteriosa entrada a quase dois metros do solo. Alguns acreditam que aquela entrada seria uma forma dos monges se esconderem dos invasores em caso de ataque, mas a explicação não faz sentido. Até hoje, ninguém sabe porque a única entrada para essa torre fica tão alta.
Ao redor da torre, encontramos túmulos antigos (muito antigos), alguns novos e ruínas de capelas feitas de pedra. No dia que fomos, choveu um pouquinho, o que deu um ar meio tristonho ao lugar. Como todo cemitério, a energia não é lá o que gostaríamos de sentir. Porém, seu lado histórico compensa a tristeza que o lugar emana. Além do monastério, temos os lagos que deram o nome à Glendalough. A vista é estonteante. As montanhas Wicklow, o céu e o lago forma um cenário raro. Cisnes e pequenos patos que nadam tranquilamente no lago logo se aproximam ao ver que há pessoas na margem. O motivo é simples. Eles sabem que visitantes, se forem espertos, devem levar pão! Primeira lição sobre a Irlanda. Ande sempre com um pedaço extra de pão no bolso. Sempre haverá um candidato feliz em cobrar seu pedágio.
Tudo começou quando Kevin chegou com um grupo de monges em Glendalough para construir um monastério no lugar onde dois rios se encontravam. Descendente de uma das famílias poderosas de Leinster, Kevin era conhecido como um homem de profunda sabedoria e sua fama de homem santo atraiu muita gente. Ele morreu em 618 e o monastério, que chegou a ter no seu auge áreas de trabalho, locais para escrever manuscritos e copiá-los, fazendas, casas de hóspedes e salões para monges e para a população dormirem. Em 1398, o lugar foi parcialmente destruído por tropas inglesas. Os prédios que nós ainda podemos ver de pé que restam datam provavelmente dos séculos X e XII.
Pisar nas ruínas das igrejas – incluindo uma Igreja de Santa Maria dedicada às mulheres, é tocar algo que existe há muito tempo, despertando memórias ou fantasias sobre as pessoas que ali viveram e morreram. Como em toda a Irlanda, os cemitérios são sempre uma obra de arte, com cruzes celtas esculpidas em pedras eternizando a memória dos que se foram. Não foi um local onde fizemos algum tipo de magia ou conexão, mas é um lugar muito poderoso.
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